segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Queremos OPOSIÇÃO! Dura, séria, implacável e sistemática - ou enterrem nossa democracia de vez e vamos jogar Play Station II

Lógico que o post anterior, datado de 31 de outubro, foi um exercício de engajamento do voto de oposição ao atual governo e sua candidatura. Todos nós sabíamos das reais possibilidades de uma virada, como também das reais dificuldades.

Isso não significa que a estratégia do PT nessa eleição, onde um poste foi eleito as custas de uma verba milionária, BILIONÁRIA se considerarmos os dois anos de campanha promovido ilegalmente pelo presidente da república e praticamente todo seu governo, não tenha sido fator preponderante para o sucesso da empreitada.

O PT definiu com bastante antecedência como faria para eleger seu poste: Usar sem o menor comedimento republicano a máquina federal em apoio descarado a sua candidata; Ter em mãos o maior orçamento da história do Brasil para comprar tudo que fosse possível e que trouxesse benefícios; Usar uma rede na internet suja, paga com recursos de publicidade das empresas estatais, em especial Caixa Econômica Federal, BNDES, Petrobras e Banco do Brasil, sem a menor vergonha na cara; Usar e abusar como "inocentes úteis" parte do jornalismo que ainda se encontra nas trevas do tempo da guerra fria e acredita ser o PT um partido de "esquerda"; Aliar-se ao diabo em nome de uma vitória eleitoral - aos nomes dos capetas: José Sarney, Fernando Collor de Melo, Renan Calheiros, Edir Macedo (não a IURD, pois essa devemos respeitar, mas o empresário), e todos mensaleiros e aloprados que povoaram a campanha governista.

O caso específico dos institutos de pesquisa terá que ser debatido e estudado. Nunca antes na história desse país os institutos foram tão unânimes em SEMPRE colocar, TODAS AS VEZES, a margem de erro de suas pesquisas em vantagem de um lado só. Houve ainda a descarada COMPRA de institutos que soltaram números fantasiosos, claramente manipulados, e que foram "aceitos" bovinamente pela imprensa e divulgados a exaustão - com a honrosa excessão do jornalismo da TV Globo, que só deu repercursão aos institutos mais comedidos Datafolha e Ibope.

Enfim, a empreitada teve seu relativo sucesso - elegeu o poste. Mas foi uma eleição com um índice de votação e um histórico bem menor que o imaginado pelo cabo eleitoral Lula e seus asseclas. A grosso modo, quem não votou ou votou contra é um contigente maior de pessoas, e a oposição tomará conta a partir do próximo ano - via governos dos estados - de um número maior de eleitores que o futuro governo de Dilma Rousseff.

Isso tem um significado importante, e que deve ser a pauta dos partidos de oposição: PRATICAMENTE METADE DOS BRASILEIROS QUEREM UMA OPOSIÇÃO CONVICTA AO PRÓXIMO GOVERNO. Não há espaços para concessões. Dilma e sua turma (Sarney, Temer, Collor, etc) tem MAIORIA NO CONGRESSO. Não há a menor necessidade de querer conversa com quem não coaduna com esse projeto de governo. Que CADA POLÍTICO DE OPOSIÇÃO seja apenas e somente um FISCAL do que essa turma faça. Que CADA DEPUTADO, SENADOR e GOVERNADOR da oposição coloque a boca no trombone CASO SE TENTE APROVAR OU IMPLANTAR medidas que afrontem o Estado de Direito Democrático. Que cada OPOSICIONISTA vigie e divulgue - através da imprensa - qualquer ato anti-republicano e de roubalheira que possivelmente esse próximo governo fará ou tentará fazer. E O PRINCIPAL: QUE O GOVERNO DILMA ASSUMA, com sua enorme base, CADA MEDIDA IMPOPULAR que seja necessário tomar, mesmo que seja para o bem do país, afinal, OS GOVERNISTAS TERÃO PROBLEMAS SÈRIOS a enfrentar DEVIDO AS ATITUDES tomadas no governo passado QUE FOI DELES, RESPONSABILIDADE DELES SOMENTE.

Queremos oposição séria, DURA, implacável e sistemática. Quase igual a que eles fariam caso o eleito fosse José Serra. Digo quase igual porque o PT na oposição - e temos o exemplo no estado de São Paulo há 16 anos - é dura e implacável, porém NÃO É SÉRIA, e pior, é SUJA - isso não devemos imitar.

domingo, 31 de outubro de 2010

Porque José Serra vai ser eleito e os institutos de pesquisa vão novamente errar




- O tracking do PSDB está dando 50% x 50%, mostrando um rigoroso empate técnico.

- Pesquisa de campo do PSDB, divulgada hoje, está dando 52% Serra x 48% Dilma (Veritá).

- Os institutos erraram feio no primeiro turno, não mudaram a sua metodologia e, desta forma, tendem a errar mais feio ainda no segundo turno.

- O nível de abstenção deverá aumentar de 18% no primeiro turno para mais de 20%, pois há eleições de segundo turno para governadores para apenas 15% do eleitorado.

- Em 2006, havia segundo turno de governador para 40% do eleitorado, incluindo estados como Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul.

- Esta abstenção expressiva, que deverá ultrapassar 30 milhões de votos, vai estar concentrada em estados do Nordeste, especialmente, pois não houve debandada de eleitores para viajar nos principais colégios eleitorais da oposição.

- Em qualquer pesquisa, desta forma, pode ser tirado no mínimo 3% da candidata petista, em função da abstenção.

- Nitidamente, há um esforço da imprensa, que pautou todo o seu noticiário eleitoral em cima de pesquisas, de reafirmar a credibilidade dos institutos. Especialmente a Rede Globo, que depende do Ibope para validar as suas audiências. Especialmente a Folha de São Paulo, que é dona do Datafolha.

- Os institutos, amanhã, darão a boca de urna dentro da margem de erro, mantendo a vitória de Dilma Rousseff.

- Existe, sem dúvida alguma, uma tendência ascendente da candidatura de José Serra, sendo que nenhuma pesquisa "pegou" os efeitos do debate da Rede Globo, onde o tucano saiu amplamente vitorioso.