sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dilma Rousseff mente de novo



Em recente discurso, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (que não para no gabinete - viajando e fazendo campanha eleitoral antecipada ilegal) afirmou mentirosamente que o governo federal petista havia liberado R$ 1,1 bilhão para enchentes, em São Paulo. Veja os dados verdadeiros na resposta do deputado Mendes Thame, do PSDB de São Paulo:

A ministra Dilma Rousseff afirmou que o Governo Lula destinou suplementação de R$ 1,1 bilhão, em junho de 2009, para obras de combate às enchentes em São Paulo. Tal afirmação não corresponde à verdade...

Os créditos extraordinários liberados na ocasião, por meio da Medida Provisória 463/2009 (posteriormente convertida na Lei 11.981/09), o foram para o pais todo...

...foram destinadas ao Estado de São Paulo: apenas R$ 32 milhões.

... Dos recursos gastos pela União em 2009 na prevenção de enchentes, muito pouco teve como destino o Estado de São Paulo: apenas R$ 4,9 milhões, ou menos de 4% do total.

Em relação aos recursos para o Programa de Resposta aos Desastres e Reconstrução, a mesma situação se verifica: de uma dotação de R$ 1,9 bilhão para todo o país, foram gastos R$ 1,2 bilhões, mas apenas R$ 27 milhões dos quais destinados a São Paulo: 2,1% do total...

Tais números contrastam com os grandes investimentos do Governo do Estado de São Paulo na prevenção e combate à enchentes no período. Em 2009, R$ 157,61 milhões foram liquidados...

Em 2010, o Governo Serra investirá ainda mais: R$ 305 milhões, sem contar R$ 120 milhões destinados ao Parque Várzeas do Tietê e R$ 195 milhões do programa Córrego Limpo...

Ressalte-se que nenhum dos 45 piscinões da Região Metropolitana de São Paulo foram feitos com recursos do orçamento federal: sua construção contou com recursos das prefeituras da região (19 piscinões) e do Governo paulista (26)...

No governo Serra, foram concluídos seis piscinões (R$ 79,6 milhões), havendo quatro em obras (R$ 48,3 milhões) e um em licitação (R$ 80 milhões). Portanto, o Governo Serra investe, sem nenhuma ajuda do governo federal, R$ 207,9 milhões em piscinões...

Ao todo, entre 2007 e 2010, o Governo do Estado está investindo R$ 1,037 bilhão em infraestrutura hídrica e combate às enchentes. São ações como limpeza dos córregos, obras de canalização, construção e limpeza de piscinões e a construção de parques lineares...

Outros R$ 2,691 bilhões estão sendo investidos em obras de urbanização e atendimento a famílias em áreas de risco nesse período.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Brasil já era "Bola da Vez" no governo de Fernando Henrique Cardoso

Falar em desindustrialização durante o Plano Real é brincadeira né? Houve isso na era Collor com a abertura em tempo recorde das importações, mas era característica do projeto daquele governo para modernizar e ampliar a oferta de produtos, o que gerou frutos futuros, sentidos até hoje em dia. Para quem viveu a década dos anos 1980, a variedade de produtos na prateleira dos supermercados era ridícula perto do que temos hoje. No governo FHC a abertura ainda continuou, mas de forma bem mais gradual e elaborada.

Durante o Plano Real e sucessivamente, houve um maciço ingresso de investimentos externos na área produtiva, sendo essa entrada de dólares uma das âncoras do plano. Só na área da indústria automobilística, entraram com fabricação no país durante o governo de Fernando Henrique nada menos que OITO marcas (Peugeot, Renault, Citroën, Audi, Land-Rover, Toyota - até então uma pequena fabrica artezanal de jipes, Honda, Mercedes-Benz automóveis, Dodge-Chrysler, fora a brasileira Troller. Tivemos ainda no setor de caminhões a Volkswagem em Resende-RJ, a Iveco em Minas e a Internacional no sul, mais algumas montadoras de motocicletas como Kasinski e Sundown por exemplo. A produção de veículos no país cresceu absurdamente ultrapassando a marca de 2 milhões/ano, sendo que na época o Brasil tinha status de "bola da vez" como hoje. Só perdeu fôlego por causa das crises em vários países emergentes que aqui ainda afetavam, pois o país ainda estava passando por amplas reformas estruturais que fundamentam o crescimento do Brasil até hoje em dia. Naquela época, um espirro na Turkia refletia em todos emergentes, independente da real situação. O termo BRIC ainda estava em gestação e após sua aceitação junto ao mercado internacional, fez com que esses agentes começassem a separar o joio do trigo em termos de países emergentes, facilitando a nossa vida.