sábado, 16 de outubro de 2010

Mónica Serra fez aborto X Lula molestou sexualmente rapaz na prisão X Dilma sapatão - Folha entra no jogo baixo de novo


A Folha de São Paulo, um dos maiores jornais do Brasil, vem mais uma vez fazer papel de tablóide sensacionalista ao dar espaço a colunista Mônica Bergamo, jornalista sabidamente pró-Lula e PT, para uma matéria baseada em simples testemunho de apenas em uma única e suspeita fonte, que alega ter ouvido, nas aulas de dança que teve na Unicamp como aluna de Mónica Serra, há vinte anos atrás, uma suposta confissão de Mónica de um aborto feito quando vivia ainda no exílio, durante a ditadura militar.

A "denunciante", Sheila Canevacci Ribeiro, de 37 anos, é filiada ao PSOL - braço mais a esquerda do petismo em muitos estados do Brasil, e eleitora de Dilma Rousseff em voto declarado. De malas prontas para cômoda viagem ao exterior, Sheila supostamente teria usado primeiro seu Facebook para soltar insinuações na rede, logo após ter assistido sua candidata ter desempenho desesperado no primeiro debate do segundo turno, apresentado pela TV Bandeirantes. É bom lembrar que esses posts do Facebook ninguém nunca mostrou...

Mônica Bergamo mesmo assim não perdeu tempo, e saiu em busca da "isentíssima" fonte para redigir sua matéria de esgoto.

Talvez tenha sido uma atitude compensatória e proposital da Folha, para contrabalançar artigo, também de esgoto, publicado em 27 de novembro de 2009, onde o esquerdista e ex-petista César Benjamim - hoje também filiado ao PSOL - acusa com detalhes a tentativa de abuso sexual cometido por Lula nos anos 1980 contra um rapaz membro de um movimento de esquerda chamado MEP - Movimento de Emancipação do Proletariado - preso junto de Lula na mesma cela do DOPS. A vítima de abuso sexual por Lula chama-se João Batista dos Santos, um ex-sindicalista do ABC que timidamente referendou o relato meses depois. Segundo Benjamim - autor do texto -, essa história foi confirmada por Lula em uma reunião na campanha de 2002, onde o mesmo até usou do deboche para contar o caso. No artigo da Folha até uma frase infame de Lula sobre o fato foi relatada: "Eu não aguentaria. Não vivo sem boceta" - teria dito Lula, em referência a ficar 30 dias preso sem ter relações sexuais, mesmo que com alguém do mesmo sexo, corporalmente mais frágil e subjugado à força.

Apesar do caso de Lula ter sido depois confirmado e o de Mônica Serra ser ainda fresco demais para saber-se verdadeiro, ambos são histórias extremamente íntimas, dentro de contextos totalmente diferentes da realidade atual, feitos em situações extremas de prisão (Lula) e exílio (Mônica), quando ambos tinham idade ainda juvenil (menos de 30 anos). Um jornal que se diz sério e comprometido com a ética não poderia abrir espaço para artigos ou matérias desse tipo. É chafurdar demais na lama.

No caso de Mônica, por ser em véspera de eleição, é mais grave ainda, o que levanta dúvidas se o jornal não estaria tendo algum interesse escuso nisso, já que a jornalista empenhada no assunto é pró-PT. O artigo denegrindo o passado de Lula ao menos foi publicado fora de época eleitoral, porém dentro do contexto do lançamento do filme biografia que endeusava o atual presidente, produzido com verbas de empresas ligadas ao governo.

Lamentável um jornal entrar na disputa eleitoral dessa maneira, parecendo peça publicitária de ataque paga. Só falta agora, para coroar a lama, a Folha publicar matéria "confirmando" o propagado suposto caso homossexual que Dilma Rousseff teria tido com uma ex-colaboradora chamada Verônica Maldonado, que corre pela internet e foi publicado em alguns jornalecos sensacionalistas, além de mencionado em blog da própria Folha.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Presidente do PT entrou na Petrobras sem concurso público, indicado pelos militares. Para arranjar uma boquinha, o Zezé Dudu mamava na direita.


Ao defender o concurso público, Fernando Henrique Cardoso disse hoje, em São Paulo, que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, entrou na Petrobras sem concurso público, durante o governo militar. "Eles querem os apaniguados. Nós queremos a meritocracia. Cada um vai ter que se esforçar e será recompensado pelo o que fez. Não queremos um Brasil de preguiçosos, não queremos um Brasil de amigos do rei, não queremos um Brasil de companheiras tipo Erenice."
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Quer dizer que o Presidente do PT, que já foi Presidente da Petrobras, entrou na empresa pela porta dos fundos? Pelos fundos da pensão da Mãe Joana? Que pouca vergonha, isso é a cara da pelegada petista.Falam mal dos militares mas, quando foi para cuidar do seu próprio bolso, comiam na mão da milicada.

Do blog do Cel.

A cortina de fumaça petista

Dilma e Erenice Guerra - isso não é força de expressão ou malandragem eleitoral - sempre foram "unha e carne". Chegaram juntas ao Ministério das Minas e Energia e, depois, Erenice foi levada por Dilma à Casa-Civil, quando esta última precisou ocupar a vaga de Dirceu, demitido por causa do Mensalão.

Vamos a um breve histórico, portanto (seguramente, esqueci algo):

- Um dossiê contra Ruth Cardoso e FHC é fabricado dentro da Casa Civil, justamente quando levantavam gastos de cartões corporativos por Lula (alguns pessoais) e seus familiares. Erenice foi considerada a coordenadora desse dossiê, na época denominado "banco de dados";

- Lina Vieira, então Secretária da Receita Federal é DEMITIDA, segundo ela, por não aceitar pressão de Dilma Rousseff em processo contra o filho de Sarney. Dilma negou o encontro. As fitas que comprovariam a reunião SUMIRAM do sistema de segurança da Presidência da República. A petista, logo depois, apoiava Sarney nos escândalos do senado e, hoje, o cacique apóia a candidatura petista;

- Na gestão de Dilma na Casa-Civil instaurou-se uma rede de lobby, segundo descrevem várias reportagens. O filho de Erenice, Israel Guerra, era um dos que operavam o esquema. Mesmo depois disso, ela se tornou Ministra Chefe com a oficialização da candidatura do PT à Presidência da República (por indicação de Dilma);

- As acusações envolvendo Dilma - já na Casa Civil - também envolveram a ANAC, valando lembrar as denúncias de Denise Abreu, então diretora da Agência, nos casos "venda da Varig" e "caos aéreo".

- Sigilos fiscais de adversários do PT são quebrados e uma das declarações, segundo a Folha de São Paulo, encontrava-se em posse da pré-campanha petista. Um jornalista, também contratado pela campanha do PT, estaria escrevendo um "livro-bomba" (uizi!) contra o tucano e blogs patrocinados por estatais federais vazaram um "prólogo" no qual CURIOSAMENTE TODOS os tucanos mencionados tiveram seus sigilos quebrados ilegalmente. O jornalista sumiu da pré-campanha depois de confessar ter participado de uma reunião com delegado aposentado da PF, que informou à imprensa tratar-se contratação de serviço de arapongagem. Outro que sumiu, pelo mesmo motivo, foi Luiz Lanzetta, também contratado pela pré-campanha de Dilma, embora sua empresa, a Lanza, tivesse continuado como contratada;

- Lembram da Lina Vieira (tópico 2)? Em seu lugar entrou Otacílio Cartaxo que, mesmo tendo ciência de documentos da Corregedoria de SEU PRÓPRIO ÓRGÃO, tentou sustentar a validade da procuração fajuta. Ele não foi exonerado;

Tudo isso, cumpre dizer, envolve DIRETAMENTE Dilma Rousseff APENAS em sua passagem pela Casa Civil e sua pré-campanha. Não falo aqui de Mensalão, Aloprados e outros malfeitos do PT. Enquanto tudo isso vinha à tona, petistas NÃO ACEITAVAM DISCUTIR ESCÂNDALOS E DENÚNCIAS, alegando que a população precisava saber dos novos rumos do país.

Pois bem.

Agora, surge "Paulo Preto". Qual a acusação: teria desviado dinheiro da campanha tucana. Que dinheiro? Dinheiro do PSDB. A vítima? Os próprios tucanos. Não é dinheiro público, mas do partido. A acusação tem provas? Não. Mas é o bastante para que toda a blogosfera militante do PT resolva mostrar uma indignação até então inédita (ao menos não vista nos casos mencionados acima).

Quando se trata de dinheiro público ou de Instituições de Estado servindo para finalidades partidárias, vejam só, eles não se importam. Quando é o dinheiro de um partido que supostamente teria sumido (não sumiu, não há provas, não há nada!), aí é gravíssimo e inaceitável (para eles).

É a "ética seletiva". Claro que uma bobagem dessas não prospera. Como diria o outro, é a não-notícia, a escandalização do nada, o assassinato de reputação. É provável que isso tenha mais a ver com pesquisas e trackings que com recente preocupação com ética na administração pública. Nunca ligaram tanto assim para isso. "Trivial", portanto.

Mas é saudável que tenham deixado o tema "aborto" um pouco de lado (e quem o suscitou nos últimos dias foi a própria Dilma, então defensora da descriminação e agora praticamente uma beata). Se é para falar de ética na gestão pública, sua única e rápida passagem por um órgão relativamente complexo (Casa Civil) mostra todo seu comprometimento e/ou capacidade de gerenciar o pessoal à sua volta.

Do blog do Gravataí

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lula primeiro se compara a Cristo e depois sugere que Deus se vingou por ele

Em palanque, Lula primeiro se comprara a Cristo e depois supera o Filho de Deus!

Lula fez um discurso hoje (14 de outubro de 2010) no Piauí em que começou se comparando a Cristo e terminou demonstrando por que é superior ao Filho de Deus. Ele participava de uma solenidade, prestem atenção!, de início de liberação de recursos para uma rodovia. Entenderam? Inaugurava o vento.

Mesmo num evento da Presidência, organizado com dinheiro público, transmitido por uma TV oficial, também sustentada com o nosso dinheiro, satanizou seus adversários, fez campanha eleitoral oblíqua e se comportou, mais uma vez, como chefe de facção, não como presidente.

O Babalorixá afirmou que havia muito preconceito contra ele porque tinha barba — como se o problema fosse o que ele tinha do lado de fora da cabeça… E não economizou: Cristo, Tiradentes e outras “personalidades da humanidade” também eram barbudos. Huuummm… Cristo e Lula em pé de igualdade? Nem pensar! O Filho do Brasil não aceita ser igualado do Filho de Deus!

Segundo Lula, seus adversários foram derrotados no Piauí — referia-se a Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC), que não se reelegeram para o Senado — em razão de uma vingança de Deus porque eles teriam ajudado a derrubar a CPMF. O imposto da saúde foi extinto também com votos de parlamentares do governo, que tinha a maioria para prorrogá-lo. A oposição sozinha não conseguiria nada. Mais: Lula ficou seis longos anos com a dinheirama. No período, a dengue, por exemplo, deixou de ser um problema de algumas áreas para cobrir todo o país, democraticamente…

Deus não se vingou da humanidade nem por seu Filho. Mas, por Lula, Ele se mete até numa disputa eleitoral no Piauí! Afinal, na cabeça do Babalorixá de Banânia, o “Pai” não dava muita bola para o tal Jesus… O petista não deve ter entendido ate hoje por que, afinal, o Altíssimo não tirou o Filho da Cruz e não botou pra quebrar. Por Lula, no entanto, Ele faz qualquer loucura, até mesmo eleger Ciro Nogueira (PP), menudo do Severino Cavalcanti e expressão maior do baixo clero do Congresso, senador pelo Piauí…

Numa de suas muitas apóstrofes atrevidas, o grande padre Vieira pergunta por que Deus permite, às vezes, tamanha luta do Bem contra o Mal. Seguirá sendo um dos mistérios com os quais teremos de lidar humanidade afora…

Do blog do Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A Petrobras na era FHC - desfazendo mitos e mentiras




Abaixo, artigo publicado em agosto de 2003 sobre a Petrobras na revista eletrônica Universia-Knowledge@Wharton.


A Petrobras, companhia estatal petrolífera brasileira, teve um lucro recorde de R$ 9,372 bilhões - cerca de US$ 3,157 bilhões - no primeiro semestre de 2003. Além disso, a empresa foi mais uma vez apontada como a maior do país de acordo com o ranking 2003 do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), ligado à FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em 34 edições do levantamento, a Petrobras não foi a primeira em apenas três ocasiões, sendo que a última ocorreu em 1993, mesmo assim porque a avaliação foi afetada por uma metodologia de cálculo diferente da atual. Para entender o sucesso desta estatal que faz meio século no dia 3 de outubro de 2003, a revista eletrônica Universia Knowledge@Wharton consultou especialistas em administração e petróleo para avaliar sua gestão.

Segundo boletim da PIW - "Petroleum Intelligence Weekly" (semanário considerado a "bíblia" do setor) de fevereiro de 2003, a Petrobras é a 12ª maior companhia do ramo de petróleo no mundo. É a mesma posição que ocupa o Brasil no ranking dos países que mais produzem o chamado "ouro negro".

Os R$ 9,372 bilhões (ou US$ 3,157 bilhões) de lucro obtidos ante um faturamento de R$ 47,891 bilhões (US$ 16,13 bilhões) no primeiro semestre deste ano são um valor que não pode ser desprezado. Trata-se de um crescimento de 223,1% em relação aos números de igual período do ano passado. Mesmo na comparação com todo o ano de 2002, o resultado é melhor, já que o lucro da empresa na ocasião foi de US$ 2,3 bilhões, para um faturamento total equivalente a US$ 22,6 bilhões.

A produção da estatal no período também cresceu significativamente, o equivalente a 10,7% em relação aos seis primeiros meses do ano passado, passando da média de 1,826 milhão de barris de óleo equivalente (boe - medida que leva em conta a produção de petróleo e de gás natural) para 2,022 milhões de barris, em território nacional e no exterior.

"É um belo lucro. Não é um mau desempenho, de forma nenhuma. É difícil imaginar que a Petrobras tenha um mau desempenho. Enfim, o produto dela e a condição de monopolista no mercado brasileiro lhe asseguram um grande estofo", afirma o professor Carlos Osmar Bertero, chefe do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas).


A dificuldade de romper o monopólio estatal

É justamente este ponto citado por Bertero que é apontado como determinante para os bons resultados da estatal: trata-se de uma empresa monopolista, que no ramo da extração de petróleo é responsável por cerca de 99% da produção nacional.

Em 1997 terminou oficialmente o monopólio da Petrobras, com a abertura do setor à iniciativa privada. Porém poucas empresas, mesmo as grandes multinacionais, conseguem enfrentar a posição consolidada da estatal. "O monopólio acabou formalmente. Agora, você não pode esquecer que nós tivemos no Brasil qualquer coisa como mais de 40 anos de monopólio da Petrobras. Isso fez com que, naturalmente, a empresa acumulasse uma competência e ocupasse um espaço no mercado que está presente até hoje. Então eu tenho a impressão de que entrar no mercado brasileiro não é uma coisa fácil", diz Bertero.

Mesmo assim, Bertero lembra que a noção de que a Petrobras é uma empresa eficiente não é nova: "Mesmo no tempo em que tinha monopólio garantido por lei, ela nunca deixou de fazer uma coisa muito fundamental: não deixou o Brasil sem derivados de petróleo". Ele cita o exemplo do sistema Telebrás que, antes do processo de privatização, realizado em 1999, não supria o mercado interno com os serviços que lhe eram solicitados.

"A Telebrás era um monopólio de telefonia que não tinha telefones. Ela afundou-se porque não é possível um monopolista não abastecer o mercado, e foi exatamente o caso desta empresa. No caso da Petrobras, não. Sempre houve no Brasil derivados de petróleo. A Petrobras nunca deixou de abastecer o mercado nacional", explica Bertero.


Do nascimento à atual posição de liderança

Criada em 3 de outubro de 1953, durante o governo do então presidente Getúlio Vargas, a Petrobras teve uma evolução considerável principalmente a partir dos anos 70, depois dos chamados "choques do petróleo" causados pela alta excessiva de preços manipulada pelo controle da oferta do produto feita pela Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo – cartel que reúne grandes produtores desta commodity).

"A liderança (entre as empresas brasileiras) foi sendo construída ao longo dos anos, desde o período em que ela foi criada, com a definição da questão estratégica (de concentração do petróleo nas mãos do Estado). Só que o país investiu muito mais a partir da crise do petróleo da década de 70. Foi quando a empresa começou a deslanchar, na virada dos anos 70 para os 80. Nesta época, começaram a aparecer os primeiros resultados na pesquisa de petróleo em águas profundas”, explica o economista e pesquisador Aloísio Campelo Júnior, Coordenador de Pesquisas Empresariais do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia - Fundação Getúlio Vargas), responsável pelo ranking 2003 do instituto, que apontou a Petrobras como a maior empresa não-financeira do Brasil.

Além disso, Campelo Júnior destaca a evolução e a mudança nas características de gestão da companhia estatal: "A partir do momento em que a sociedade exigiu a boa gestão dos recursos, já que é uma empresa estatal, ela passou a ser um modelo de administração, uma empresa muito boa, com pessoal eficiente".

"Eu acho que isso (a mudança na gestão) foi mais ou menos um esquema adotado por Reichstul (Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras entre março de 1999 a janeiro de 2003, durante o governo Fernando Henrique Cardoso). Ele foi lá colocado mais ou menos com o intuito de tornar a Petrobras uma empresa menos pesada, mais ágil, e que fosse de certa forma gerida de acordo com aquilo que se considera hoje ser o adequado na gestão de uma empresa, ou seja: produzir mais resultados, mais lucros, mais valor de mercado, atender melhor aos interesses dos acionistas e tudo o mais", diz Carlos Osmar Bertero.

Campelo Júnior concorda com esta avaliação. Segundo ele, a partir da gestão do governo Fernando Henrique Cardoso, “a Petrobras começou a trabalhar em um ambiente que seria mais parecido com aquilo que acontece no setor petrolífero de outros países. E se beneficiou sim, por ser uma empresa de petróleo e sofrer uma política menos intervencionista. Ficou com preços mais parecidos com os do exterior nos últimos anos, aumentou muito a produção e a participação dela no comércio externo brasileiro. Tanto que ela não era a maior exportadora e passou a ser porque, com a retração do nível da atividade interna, ela tinha alguns produtos em excesso."


Os riscos de uma nova administração

Como em toda mudança, a passagem de uma antiga administração para uma nova causa certas preocupações e mexe com os ânimos do mercado. Isso aconteceu devido às novas indicações promovidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu em 1º de janeiro de 2003.

"O que a gente ouve falar é que neste governo do presidente Lula tem havido algumas nomeações na Petrobras que fogem um pouco daquilo que é a tradição da empresa. Isso é o que eu tenho lido na imprensa. O que foge é o seguinte: quase sempre a Petrobras teve a presidência ocupada por pessoas familiarizadas com o ramo de petróleo, muitos deles até mesmo com algum tipo de associação anterior com a empresa. Atualmente a Petrobras foi entregue claramente a representantes do partido governista, que é o Partido dos Trabalhadores (PT). Não há nenhum inconveniente que os dirigentes sejam de um partido político. O problema é que, segundo as observações que têm saído na imprensa, lhes faltaria um pouco de competência. Então isso é um risco. A ser isso verdade, claramente isso pode comprometer um pouco a gestão da empresa", avalia Carlos Osmar Bertero.

Apesar desta observação, Bertero pondera sua avaliação, considerando que, a princípio, a boa gestão da Petrobras não corre riscos e que não há possibilidade de um recuo na condução da empresa: "No caso da Petrobras não imagino que possa haver muitas mudanças no sentido de um retorno à ´velha Petrobras`. Acho isso muito difícil".

No entanto, alguns sinais de influência maior do governo federal sobre a Petrobras vêm sendo notados no mercado especializado. "Hoje você não vê o presidente da Petrobras (José Eduardo de Barros Dutra) indo a público falar sobre as políticas de preços dos combustíveis, por exemplo, mas, sim, a ministra de Minas e Energia (Dilma Rousseff)", afirma Fabiana Fantoni, analista da área de petróleo da consultoria Tendências Consultoria Integrada.

Essa perda das rédeas de políticas intimamente ligadas à gestão da empresa, segundo Fabiana Fantoni, tem deixado alguns agentes do mercado um pouco apreensivos com a possibilidade de haver ingerência do governo na administração da companhia.

No entanto, ela lembra que ultimamente as notícias relacionadas à Petrobras têm sido tão positivas – como no caso do anúncio de que, nos últimos 12 meses, foram encontradas reservas equivalentes a 4 bilhões de barris de petróleo e a 419 bilhões de metros cúbicos de gás natural - que o mercado tem prestado pouca atenção a detalhes da nova gestão da empresa.

Sobre o lucro líquido recorde da Petrobras no primeiro semestre de 2003, Fabiana Fantoni afirma que os números não devem se repetir na mesma proporção nos seis últimos meses do ano. Para ela, a tendência é de que o resultado siga mais parecido com o do segundo trimestre de 2003, que, segundo ela, chegou a decepcionar o mercado. O lucro somado nos meses de abril, maio e junho caiu 31% em relação ao resultado dos três meses anteriores, ficando em R$ 3,8 bilhões contra os R$ 5,5 bilhões do primeiro trimestre do ano.

Mas, de acordo com Fabiana Fantoni, nada disso abala a forte estrutura que dá base à Petrobras. Para a analista da agência de consultoria Tendências, os investimentos previstos para os próximos anos pela estatal são suficientes para cobrir percentuais de evolução do setor na mesma proporção da média de crescimento histórico dos últimos tempos (que tem variado entre 8% e 10% ao ano).


Perfil da Empresa

Atualmente (2003), a Petrobras é referência mundial na exploração de petróleo em águas profundas, tendo sido uma das primeiras companhias do mundo a desenvolver tecnologia para a extração de óleo nestas circunstâncias. A estatal tem quebrado recordes consecutivos neste setor. A última marca mundial foi obtida neste ano, no Campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ), em que há a exploração de petróleo de um poço cavado a partir de uma lâmina d´água de 1.886 metros de profundidade. A meta da empresa é chegar a profundidades superiores a 3.000 metros de água.

Em 1997, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de barris de petróleo extraídos ao dia. Atualmente, as reservas ativas da Petrobras somam 10,5 bilhões de barris equivalentes de óleo e gás. A produção média da companhia em território nacional está em 1,586 milhão barris de óleo por dia, segundo dados de agosto passado. Somando-se a extração de gás natural, chega-se a 1,841 milhão de barris equivalentes ao dia. Caso seja incluída aos números a extração de óleo e gás nas unidades da Petrobras fora do Brasil, a produção da companhia sobe para 2,091 milhões de barris equivalentes por dia.

Além do Brasil, a Petrobras atua em outros 12 países: Angola, Argentina, Bolívia, Cazaquistão, Colômbia, Estados Unidos, Equador, Guiné Equatorial, Nigéria, Peru, Trinidad & Tobago, e Venezuela.

A expectativa da empresa é que o Brasil se torne auto-sustentável em 2006 na relação entre o que produz e o que consume internamente de petróleo. Agora em 2003, de acordo com dados da companhia, o país produz quase 90% daquilo que consome de petróleo.

Os "intelectuais" do PT

"Dos intelectuais que apoiam o PT, esse pelo menos arrumou 1.3 milhão de votos"



Um bando de petistas disfarçados de intelectuais e artistas — é a fantasia predileta dos obscurantistas — decidiu assinar um “manifesto” em defesa da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Até aí, nada de estranho. Eles adoram essas coisas. A rigor, desde que a democracia e a liberdade de imprensa estejam “do lado de lá”, eles assinam manifesto em favor de qualquer coisa: dengue, catapora, paralisia infantil…

O texto é uma tentativa de resposta ao Manifesto em Defesa da Democracia, que já atingiu a marca de 83.950 signatários, caminhando célere para as 100 mil assinaturas — em breve, poderá ser conhecido como o “Manifesto dos 100 Mil”, uma das maiores mobilizações da sociedade civil de que se tem notícia na história recente do país. E SEM O APOIO DA IMPRENSA, É BOM DEIXAR CLARO!

Os brucutus não disfarçam a intenção. A primeira frase do manifesto do bem, O DOS 100 MIL, é esta: “Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.” Os supostos “intelectuais e artistas” decidiram emular e escreveram: “Em uma democracia nenhum poder é soberano. Soberano é o povo.” A diferença parece pequena, mas é gigantesca. A primeira formulação exclui a tirania dita popular; a segunda só se realiza com ela, entenderam? “Soberano”, à moda dessa gente, era o “povo” na Alemanha hitleriana, na URSS stalinista ou na Cuba castrista.

Para não variar, um dos “inimigos” dos auto-intitulados “intelectuais & artistas” é a imprensa. Lê-se lá:
“É profundamente anti-democrático - totalitário mesmo - caracterizar qualquer crítica à imprensa como uma ameaça à liberdade de imprensa. Os meios de comunicação exerceram, nestes últimos oito anos, sua atividade sem nenhuma restrição por parte do Governo. Mesmo quando acusaram sem provas. Ou quando enxovalharam homens e mulheres sem oferecer-lhes direito de resposta. Ou, ainda, quando invadiram a privacidade e a família do próprio Presidente da República.”

Em primeiro lugar, o assédio à liberdade de imprensa foi uma constante no governo Lula; não terem conseguido intento não quer dizer que não tenham tentando. Em segundo lugar, a liberdade, que resiste, não é uma dádiva, mas uma garantia constitucional. Em terceiro, as “acusações” sem provas, de que reclamam, certamente se referem a “invenções” como mensalão e caso Erenice Guerra; em quarto, ninguém violou a intimidade da família do presidente: a referência remete à empresa de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, ex-monitor de jardim zoológico, convertido em empresário de sucesso com a ajuda da então Telemar, hoje Oi, empresa que é concessionária de serviço público e da qual o BNDES, um banco público, é, na prática, sócio. Não se trata de intimidade familiar, mas de escândalo público.

Os “intelectuais & artistas” acreditam que essas são evidências das falhas da imprensa, que, então, lastimam. Eu, se fosse a imprensa, far-lhes-ia a todos a vontade: que os signatários desse documento, que vêem uma imprensa tão abominável, deixem de freqüentar… a imprensa. Pronto! Jornais, revistas, rádios e páginas eletrônicas do que chamam “mídia” não são mesmo dignos de abrigar a notável contribuição desses gênios. Tenham paciência!

Alguns dos signatários, como diria certa personagem do filme Casablanca, são os “suspeitos de sempre”, famosos por freqüentar “manifestos”; outros são ainda meros candidatos a celebridades no mundo do protesto. Ente os primeiros da lista, temos:


- Leonardo Boff - é famoso por ter escrito um livro em parceria com Frei Betto em que funde teologia e zoologia. Alguém dirá: “São Francisco também fez isso”. Não exatamente. No livro desses dois gigantes, os filósofos são os animais…

- Maria da Conceição Tavares - famosa por ter emprestado a Aloizio Mercadante os prolegômenos que o levaram a convencer o PT de que o Plano Real daria com os burros n’água. No Plano Cruzado, que ela ajudou a formular e que naufragou, esta senhora urrava e chorava de felicidade. No Real, que salvou o Brasil, ela urrava e chorava de raiva. Uma amiga do povo, enfim…

- Oscar Niemeyer - Nada a dizer. Proponho que Niemeyer crie um monumento em homenagem a… Niemeyer e ao “comunismo de resultados”.

- Marilena Chaui - Pfuiii… Esta que Bruno Tolentino chamava “Marxilena” e a quem dedicou um soneto fescenino é famosa por pelo menos dois livros: “O que é ideologia”, escrito em parceria com Karl Marx, e “Cultura e Democracia”, escrito em parceria com Claude Lefort. O problema é que os co-autores não tiveram seus nomes devidamente creditados, se é que me entendem…

- José Luis Fiori - é outro que se tornou notável por antever um grande desastre no Brasil por causa do Plano Real, cujos autores ele classificava, apropriando-se indevidamente de um texto literário, de “moedeiros falsos”. Passou os oito anos do governo FHC fazendo previsões catastrofistas, que não se confirmaram. O manifesto que assina agora exalta as virtudes da economia, decorrentes do Plano Real, cujo desastre ele anteviu… Em comum com os outros, tem o grande talento de não ficar vermelho… por fora.

Emir Sader - bem, é o lado mais circense do manifesto. É aquele rapaz que não sabe a diferença entre os verbos “posar” e “pousar”. É uma bobagenzinha, claro! O problema é que essa é só uma das coisas que ele não sabe. Sader é tão criativo que costuma se expressar numa língua que ele inventou, inspirada no português.


Não vou me estender na lista. Noventa por cento dos signatários são conhecidos apenas pelo Google ou pela lista dos beneficiários de prebendas e mamatas oficiais.

Do blog do Reinaldo

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

2º turno: José Serra vence o primeiro debate burocraticamente. Dilma apela.

Dilma no debate: Um pitbull agressivo e descontrolado

*A imagem acima é uma fotomontagem de humor


O primeiro debate do segundo turno realizado pela TV Bandeirantes na noite desse domingo deu a José Serra uma vitória burocrática. O termo serve para ilustrar uma noite em que, de um lado, Dilma Rousseff, vestida numa atitude agressiva e suicida, partiu para o ataque raivoso, transparecendo uma personalidade já conhecida de quem conviveu com ela nos bastidores do poder mas que o público ainda não havia presenciado ao vivo e em cores. Do outro, José Serra manteve-se controlado, mas deixou de consolidar sua superioridade perdendo oportunidades de chutar ao gol diversas "bolas levantadas" pela adversária. Fosse um jogo de futebol, Serra teria ganho por 1 X 0, com alguns gols perdidos na pequena área.

O principal trunfo de Serra foi a postura de não cair na armadilha de revidar no mesmo tom. Traria sério desgaste uma atitude nos mesmos moldes, o que Serra soube evitar, mesmo sendo atacado por golpes baixos, como quando sua esposa Monica Serra foi arrolada por Dilma de maneira totalmente deselegante.

Imaginando-se em um jogo de xadrez, coube a Serra administrar a cólera da adversária, mostrando-se calmo, as vezes irônico, mas passando para o telespectador que um postulante ao cargo máximo do país tem que estar preparado para situações desconfortáveis, sem perder a compostura. A tática de Serra foi justamente mostrar-se preparado para assumir o poder, pois contabilizou para si a imagem de apaziguador e tolerante, com capacidade para rebater com classe. Mas poderia ter aproveitado mais. Não usou seu tempo para angariar votos dos simpatizantes de Marina Silva, esquecendo de tocar no assunto meio-ambiente. Dilma, que tampouco tocou no assunto, portou-se como alguém que estaria por baixo nas pesquisas - o que não é o fato - e que precisasse a qualquer custo atirar uma bala de prata no adversário.

Essa tática já foi provada ineficaz em eleições passadas. Em 2006, logo no primeiro debate do segundo turno, Geraldo Alckmin partiu com a faca nos dentes para cima de um Lula ainda "paz e amor". Diferente de Dilma, o tucano tinha motivos para tal atitude: vinha numericamente inferiorizado nas pesquisas e tinha ainda a questão do dossiê dos aloprados entalado na garganta. Para quem torcia por ele nas eleições ou era politicamente engajado na sua campanha, sua agressividade foi um colírio aos olhos, um desabafo gostosamente aplaudido.

O problema é que para o eleitor médio, que não acompanha os detalhes da política, a imagem que ficou foi a de destempero, de algoz. Em São Paulo, nas eleições municipais de 2008, foi a vez de Marta Suplicy tentar a mesma estratégia, também no segundo turno, e fracassar diante de um Kassab sereno, que soltou até um "virgem maria!", referindo-se a candidata raivosa. Em ambos os casos, foi a senha para a derrota depois nas urnas.

domingo, 10 de outubro de 2010

Dilma e PT mentem na TV e na Internet, mas posam de vítimas

*A imagem acima é uma fotomontagem de humor


Nesse segundo turno os dois primeiros programas de TV da candidatura de Dilma Rousseff à presidência mostram que houve uma radicalização na estrutura de produzir mentiras sobre o adversário e maquiar os dados do atual governo.

No primeiro turno esse expediente também foi utilizado, mas com menor intensidade, já que Lula e seus petistas amestrados tinham certeza que Dilma seria a vitoriosa no dia 3 de outubro, considerando os adversários "cachorro morto". Mesmo assim houve estocadas de baixo nível.

Agora, com o desespero batendo a porta, o QG petista mostra a população em geral uma característica já muito conhecida por quem acompanha política: Fazer jogo sujo e acusar o adversário do mesmo. Bater e posar de coitadinho. É marca registrada do Partido dos Trabalhadores fazer isso quando acuados.

Em relação a José Serra, Dilma tenta a todo custo colar no tucano a culpa pela onda de indagações que circula por todas as redes de convívio social, reais e virtuais, a respeito do seu passado.

As pessoas estão aproveitando esse segundo turno para estudar melhor as características e currículo de cada candidato, e por isso as conversas acontecem. Na internet, redes ligadas a um ou outro setor se mobilizam quando descobrem coisas das quais discordam e que era, sistematicamente, escondido no primeiro turno da eleição.

Dilma participou da luta armada nos anos 1970 e foi presa por isso. Estávamos em uma época de excessões, sob regime militar. Porém, Dilma pegou em armas para defender a instalação, no Brasil, de uma ditadura socialista, nos moldes do que havia na extinta União Soviética. Dilma NÃO LUTOU PELA DEMOCRACIA. Isso é história com H, não é boato.

Também é histórica sua posição favorável ao aborto legalizado. Dilma deu várias entrevistas confirmando isso. A imprensa, curiosamente, ainda diz ser "suposto" esse apoio de Dilma a descriminalização do aborto. Está em vídeos, em revistas e em jornais, basta procurar. Dilma é quem mente ao não assumir o que antes falou. Muda de assunto, desconversa, mas até agora não deu uma declaração convincente e clara sobre o assunto. O busilis não é ser a favor do aborto, é mentir que não é!

O povo entende cada vez mais que uma Dilma presidente terá mais facilidade no congresso para aprovar toda sorte de alterações nas leis. PT e PMDB cresceram em números absolutos nas bancadas da câmara federal e do senado. Nem Lula teve essa mordomia.

O problema é que Dilma não controla o PT como Lula. Lula é maior que o PT, Dilma é marionetada pelo PT. E o partido tem entre suas propostas várias que vão em desencontro com o que pensa a maioria da população: Legalização do aborto, legalização do casamento homossexual, diminuição das garantias de propriedade privada, controle dos meios de comunicação. Isso tudo não é boato, é fato e está no programa do partido, no seu website, nos livros, nos relatórios do congresso.

A tentativa de na TV enlamear com mentiras o passado tucano, atacando FHC, é apenas uma cortina de fumaça que os petistas lançam para encobrir suas reais intenções.

Claro que isso não significa que, eleita, Dilma vai logo no primeiro dia de governo por em prática tudo aquilo que ela e seu partido desejam. Mas durante seu mandato, esse assunto será sim, tentado. E a cada tentativa, haverá crises institucionais que paralizarão a agenda do país. Esse é o maior risco de eleger uma marionete, um mamulengo de Lula, mas que é realmente controlado pelo PT.

Se eles choramingam golpes baixos, pode ter certeza que estão preocupados com a possibilidade cada vez maior de perderem as eleições. Eles acusam golpe baixo por serem, eles, os especialistas nesse tipo de jogo sujo. Basta lembrar os casos de dossiês e a leva de petistas profissionais enfiados nas redes de comunicação social da internet espalhando o "copia e cola" com a ladainha de sempre. Também os blogueiros pagos com patrocínio de empresas estatais que só servem para espalhar o ódio e a divisão entre brasileiros e os "institutos" de pesquisa que só vendem resultados, não aferem nada. A máquina corrupta deles é grande, mas nem assim está dando conta. Aguardem que vem muito jogo sujo pesado e dissimulação. É o desespero batendo.