quarta-feira, 22 de setembro de 2010

As sabotagens eleitorais no Metrô de São Paulo


Em todo eleitoral e sempre próximo ao dia da votação a história se repete: Panes e defeitos no sistema de trens e Metrô da cidade São Paulo, a maior do país.

Sou usuário do Metrô três vezes por semana, há mais de 10 anos. Uso esse sistema já há muito tempo para poder dar esse testemunho. O Metrô de São Paulo é considerado um dos melhores do mundo e tem em sua manutenção, segurança e pontualidade seus pontos fortes. O conforto, esse sim, perdeu pontos ao longo do tempo devido ao maior número de usuários ano após ano, principalmente alimentado por novas linhas mais afastadas do centro, que sobrecarregam o núcleo, que permanece o mesmo há mais de 30 anos.

Pequenas falhas acontecem de vez em quando, mas nada que cause pânico ou mesmo maiores atrasos. É uma composição que as vezes para no túnel por 20 segundos, outra que demora mais que o normal para partir da estação, enfim, ajustes que são necessários para o bom e seguro andamento de um sistema imenso, com centenas de trens circulando. Mas vejam bem, isso ocorre de vez em quando, são interferências mínimas, e ninguém se perturba.

Porém, em épocas eleitorais, curiosamente começam a pipocar grandes incidentes. Essa semana o Metrô teve uma pane provocada por algum objeto que obstruiu uma porta de uma composição. Esse objeto foi colocado com o trem em movimento, o que indica que alguém forçou a abertura da porta para inseri-lo. Isso não é comum, pois os próprios usuários costumam vigiar atitudes suspeitas nos trens, e pelo que se leu até agora, ninguem testemunhou tal ato. Tudo indica que alguém com conhecimento do sistema ocasionou a falha escondido - SABOTAGEM!

Em meados de agosto de 2008, também véspera da eleição municipal, outro incidente, com explosões no sistema elétrico de uma das linhas, causou pânico e fez com que passageiros saissem dos trens andando pela linha eletrificada. O sistema teve que ser imediatamente desenergizado para evitar qualquer acidente maior.

Investigações na época levantaram a suspeita de sabotagem. Em agosto de 2006, também ano eleitoral, houve uma forte pressão do sindicato para que os metroviários entrassem em greve, o que de fato acabou ocorrendo. As reinvidicações eram as de sempre, com pedidos absurdos que nenhuma empresa poderia atender. Houve tumulto na cidade e indícios de sabotagens para que os trens não entrassem em operação emergencial. Os sindicalistas paravam o sistema por 15 minutos em plena hora do rush, protestando contra a concessão a iniciativa privada de uma linha que nem existia ainda. No caso de 2008, registrou-se depoimentos de engenheiros que confirmavam o fato das explosões no sistema elétrico terem sido propositais.

Como muitos sindicalistas são funcionários ativos, tem eles acesso a toda e qualquer parte do sistema. Como no Brasil grande parte dos sindicatos são ligados ao PT, partido que tem perdido sistematicamente eleições no estado paulista, ondas de sabotagem encontram embasamento lógico.

Basta checar o que o sindicato do professorado faz em todo ano eleitoral. Promovem greves prejudicando crianças e pais somente para dar apoio ao partido que, DESCARADAMENTE, os protegem. Esse ano, a presidente do sindicato fez ato político raivoso contra o então governador José Serra em um dia, e no outro participou de reunião com a candidata Dilma Rousseff, onde foi elogiada!

Na USP, a maior universidade da América Latina, que pertence ao governo do estado, os sindicalistas ano após ano promovem arruaça e baderna sempre atacando políticos não alinhados ao PT, e nunca reinvidicando realmente melhorias aos seus associados. São braço político dos partidos de esquerda também DESCARADAMENTE, e agem como hordas destruindo patrimônio público e impedindo a circulação de pessoas que não compactuam com a politização desses movimentos de forma agressiva, aos socos e pontapés muitas vezes.

Todos esses fatos corroboram a tese de sabotagem no nosso Metro. Todos esses fatos mostram que para essa gente, não importa por em risco a vida de pessoas, mas sim criar o caos para desgastar quem eles acham inimigos de morte, e não apenas adversários eleitorais. E o povo vira bucha de canhão como sempre.

2 comentários:

  1. pego metro todo dia e sempre é assim em epoca de eleição todo mundo que usa o metro sabe disso.

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  2. Se difundir o pânico, se causar incerteza e medo tem resultado eleitoral, então não podemos separar os acidentes casuais dos fabricados. E para um país que tem na sabotagem uma forma de organização social desde os anos 90 -- como a atuação do MST, Via Campesinas, sindicatos, e grupúsculos guevaristas --, isto significa que além do país ter uma deficiência tremenda de infraestrutura, ainda tem que gastar substancialmente para repor a destruição causada pela marginália social organizada politicamente. É por isso que Nelson Rodrigues dizia que subdesenvolvimento não se improvisa.
    http://reformaprofunda.blogspot.com.br/

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