segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Aguardando a oposição se mexer!

Incrível a perda de tempo precioso que foi o último programa eleitoral do PSDB em rede nacional, semana passada.

Apesar de terem finalmente dado o espaço merecido a FHC, o conteúdo ficou um tanto a desejar. FHC poderia ter sido muito mais explorado, e ele sempre tem coisas interessantes a dizer.

Porém, sendo o primeiro programa nacional do partido na TV desde as eleições, caberia ao candidato José Serra a honra de abrir o programa, agradecendo seus mais de 40 milhões de votos e informando que o partido ao qual pertence e que com ele concorreu ao cargo máximo da nação estaria agora fazendo o que se espera: OPOSIÇÃO.

Poderiam deixar claro, sendo até didático, que ser oposição não é apostar contra o governo eleito. É ser fiscal, cobrando cada promessa jogada ao vento durante a campanha. Afinal, alguém precisa alertar tanto o eleito quanto os eleitores que uma promessa de campanha é um compromisso assumido.

Fica muito fácil fazer campanha em um país onde tradicionalmente a memória é curta. Assim, promete-se mundos e fundos e depois da fatura levada sai-se assoviando tranquilamente. O papel de quem ficou fora é levantar o cartão amarelo a cada falta cometida. É ser uma espécie de juiz do jogo.

Precisamos desse ator no cenário político local, é imprescindível!, pois durante os oito anos do governo Lula, que agora de certa forma segue com Dilma, houve um gasto bilionário em publicidade e propaganda pintando de rosa uma situação que hoje vemos precária ao extremo. Só o fato de um atual ministro ter admitido que os 180 milhões reservados para o programa de controle de emergências e catástrofes não ter saído do papel - isso depois das tragédias da região serrana do Rio de Janeiro - mostra bem a quantas andava o governo "mil maravilhas" do Sr. Luis Inácio.

De posse do governo de vários estados importantes, governando para nada menos que 505 da população, a oposição tem poder e voz para fazer esse papel. Só precisa acertar os ponteiros e combinar com seus jogadores que, até agora, preferem ficar se esbofeteando no vestiário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário