quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Dilma no primeiro debate: Nervosa e mentindo, mentindo muito.

Chegou finalmente o dia em que Dilma Rousseff teve que se mostrar sem mascaras nem biombos para a sociedade. Dia do primeiro debate entre os principais presidenciáveis na TV brasileira. Como já é tradição, a TV Bandeirantes promoveu o início real da campanha eleitoral. E Dilma começou mal, muito mal.

Apesar de bem vestida e maquiada, no sentido da femilinidade mesmo, e treinada a exaustão pelos marketeiros nos últimos dois dias, Dilma não conseguiu se superar e continuou a falar aos trancos e barrancos, com lapsos de pensamento e disparando números sem sentido.

Toda vez que confrontada com a realidade do país, diferente do reino de fantasia que ela parece viver, Dilma soltava números errados, e mentiras ufanistas sobre o governo Lula ao qual ela é agarrada, por falta de luz própria.

A candidata de plástico, fabricada por puro marketing eleitoral, soltou pérolas de pinóquio quando disse que no governo em que serviu, o valor do salário mínimo subiu 74% reais, muito mais que durante o governo anterior. Mentira! Durante o governo Lula o mínimo subiu 49,5% - praticamente a mesma coisa que durante o governo FHC, que teve salto de 47,4%. Note-se que durante o governo tucano enfrentou-se três grandes crises mundiais. Lula pegou só uma.

Quando quis se gabar do programa federal "Luz para Todos", Dilma disse que mais de 1 milhão de novas ligações foram feitas no governo Lula, o que é verdade. Mas foi lembrada pelo candidato José Serra que o atual programa é uma continuação, com melhorias é claro, do antigo programa "Luz no Campo", criado por FHC. Serra entretanto esqueceu de mostrar que durante os anos FHC muito mais brasileiros tiveram a chegada da rede de energia elétrica do que nos últimos oito anos. Segundo o IBGE, em 1996, segundo ano do governo FHC, a luz chegava a 79,9% dos lares brasileiros. Quando o tucano deixou o poder, o total chegava a 90,8% (um avanço de 12,64 no índice em seis anos). Nos anos Lula o avanço foi de 5,94% até 2008, devendo fechar o governo com algo em torno de 6,5%.

Dilma ainda teve a coragem de querer insinuar que durante esse governo se fez mais assentamentos de reforma agrária que durante os anos FHC: Foi sumariamente desmascarada por Plínio de Arruda Sampaio, candidato do PSOL, que ainda lhe deu uma reprimenda por ter sido ele, Plínio, o idealizador do programa original de reforma agrária de Lula, plano esse jogado no lixo.

Dilma ainda tentou se esquivar do lamentável estado da saúde pública no país soltando números que nem ela mesmo entendia. A realidade está nua e crua em cada fila de hospital público federal que se assiste todo dia nos noticiários da TV.

Tentando dar um ar de triunfo e ufanismo no discurso as vezes desconexo, Dilma levou na cara as péssimas condições dos aeroportos, portos e estradas do país. Como resposta, uma banalidade qualquer. Para quem achava que era a oportunidade de conhecer a candidata fabricada, Dilma ficou sem o que dizer. Como lição, aprendeu que o inseticida para delírios de fantasia é mesmo a simples e pura realidade. Deu no que deu.

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