
São os comandados de Bebel queimando livros na manifestação de hoje. Ela marcou a assembléia para o Palácio dos Bandeirantes, onde sabe que as concentrações são proibidas. Estava em busca de confronto com a polícia, que se limitou a interromper as vias de acesso que conduzem ao palácio. Os soldados não havia tocado numa caspa dos Remeletões & Mafaldonas, o que deixou a turba frustrada. Então eles deram um jeito: no cruzamento da rua Wagih Assad com a avenida Giovanni Gronchi, quebraram um vaso de rua e começaram a atirar pedras nos policiais, que revidaram com balas de borracha. Uma das pedras estilhaçou um carro de reportagem do Estadão.
Estes são os comandados pacíficos de Bebel: queimam livros, depredam o patrimônio público, atacam a polícia. O mais escandaloso: uma comissão da Apeoesp estava reunida com representantes do governo. Não há acordo. Os sectários dizem que só suspendem a greve — de uma extrema minoria — se as reivindicações forem atendidas; o governo diz que só continua a conversar com o fim da greve, no que faz muito bem.
Este ato de hoje, politicamente falando, foi planejado ontem no encontro de Bebel com Dilma Rousseff. A candidata do PT é, na prática, co-responsável pela bagunça e por uma eventual tragédia que decorra do absurdo sectarismo dos militantes petistas disfarçados de sindicalistas.
Alguns dirão: “Ah, seu título força a barra…” Força? Onde estava ontem Bebel, que Dilma chamou de “querida”? No palanque da candidata, num evento de mulheres metalúrgicas, o que evidencia o caráter político-partidário do encontro. Ou a Bebel petista é só aquela pacífica, e esta, que promove a arruaça e marca assembléia em local proibido, afrontando a lei, não é mais partidária de Dilma?
A provocação é de tal ordem que a presidente da Apeoesp marcou o próximo protesto para quarta-feira, dia 31. O sindicato faz as suas assembléias às sextas-feiras. Na quarta, Serra deixa o governo do Estado para se candidatar à Presidência. Bebel pretende que isso se dê com as ruas de São Paulo transformadas em praça de guerra por sua tropa de choque. O ideal mesmo seria, sei lá, produzir um cadáver!!!
Bebel praticamente já combinou com as primeiras páginas dos jornais paulistas: está prevista uma foto do presidenciável tucano ao lado de outra com o “protesto” da Apeoesp — o ideal é que seja o flagrante de um policial “reprimindo” um partidário de Dilma disfarçado de professor.
Os petistas descobriram como é fácil agredir a essência da democracia e ainda aparecer nos jornais e sites noticiosos como vítimas. Passem adiante este texto e esta foto dos partidários de Dilma queimando livros. Eis a civilização deles!
Do blog do Reinaldo Azevedo
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